
Quando mergulho nas águas perfumadas pelo cloro e os olhos ardem vejo um futuro:
Que futuro?
Quando me sento na erva húmida das margens daquele rio, daquele que gosto de ouvir murmurar entre riachos, e onde fico a observar os alfaiates a planar sobre a agua e penso na vida:
Que vida?
É de noite, é de noite que me lembro de tudo aquilo que digo, é de noite que ao esvaziar a cabeça sobre a almofada sonho:
Que sonho?
Vejo um futuro distante no qual penso e planeio cada detalhe, todos os pormenores, todas as horas, todos os minutos todos os rostos, todos os eventos todas as pessoas – quais marionetas do meu teatro – todo eu chovo sobre esse sonho tão inatingível, planos que fiz e que vou perdendo, planos que construo e vou destruído, planos que quero viver e sinto-os morrer, planos que anseio e que se distanciam… planos… planos que não alcanço… frustrações de uma vida medíocre, frustrações de uma ilusão intangível.
Pois é – dizem essas gotas salgadas – Pois é, os planos, são apenas frustrações antecipada…
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