20060603

VACUITAS


Quando aqui estou, tu… tu não estás, e quando te tento encontrar tu desapareces… refugiada do mundo caminhas lentamente por aí. Sempre nos cruzamos contigo, sempre te não vemos, sempre estás cá, sempre…sempre sem sabermos.

Pelo mundo paralelo do espelho procuro a tua presença… pelas gavetas do meu quarto procuro-te nos teus retratos… pelos locais por onde passamos procuro o teu rasto…. E que encontro?
Sabes!?
Que encontro eu?
A presença… a presença da tua ausência persegue-me, murmura por entre os arbustos do locais que passamos, sorri por entre os retratos que nunca te fiz e do outro lado do espelho… bem do outro lado daquele azul que são os meus olhos arranca e faz brotar a pureza de uma daquelas gostas salgadas que no seu percurso vem beijar os nossos lábios.

Onde estás!?
O desespero antecipa a pergunta… e ela… ela responde:
Aqui! Aqui estou, aquela que não está…

Murmura dissipando o silêncio, vagueia aumentando o vazio…e sempre, sempre de mãos dadas com a minha presença, ela… a tua ausência.

3 comentários:

Mikael disse...

Por mais cliché que seja acredito que guardamos as pessoas em recantos especiais de nós. Os objectos existentes no mundo físico apenas servirão para reavivarem essa presença, mas não criá-la. Sendo assim para encontrarmos essas pessoas basta olhar para nós mesmos e para as marcas indeléveis que nos deixaram
Fica bem!

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